O projecto final deste capítulo está disponível no Scratch.
Compara-o com o teu projecto!

Neste capítulo aprendes que não há adereços no Scratch e que, por isso, todos os objectos que existem em cena e que não são fixos (e por isso não fazem parte do cenário) têm de ser representados por actores. Também ficas a conhecer a biblioteca de actores do Scratch, onde podes encontrar uma boa colecção de actores para os teus projectos. Vês também que o Scratch tem, na categoria «Controlo» da Paleta, um conjunto de comandos de controlo de fluxo, incluindo o comando iterativo e o comando condicional. Percebes que estes comandos de controlo de fluxo são fundamentais em programação. Sem eles, é muito difícil, senão mesmo impossível, criar programas minimamente interessantes. Vês que muitos destes comandos de controlo de fluxo têm forquilhas nas quais se podem encaixar outros comandos ou mesmo pilhas de comandos. Aprendes que os comandos iterativos podem ser usados para construir ciclos, isto é, pilhas de comandos que são executadas repetidamente, e que se podem construir ciclos infinitos. Ficas a saber como se lida com ressaltos em Scratch e, de passagem, vês que o Scratch te mostra quais os comandos, guiões ou pilhas de blocos que estão em execução envolvendo-os num halo amarelo. Vês também que código é o nome que nós damos a qualquer pedaço de programa. Aprendes que os actores do Scratch têm sentidos, pelo que podes usar os seus sensores nos teus programas. Vês que muitos desses sensores são predicados, isto é, blocos do Scratch que fazem uma afirmação que pode ser verdadeira ou falsa consoante o estado do programa. Finalmente, vês como é fácil em Scratch fazer um actor produzir sons. Ah! E faláamos pela primeira vez em repórteres.

Excerto do capítulo

Agora que já temos o jogador de squash, vamos dar-lhe um pouco de companhia. Afinal, que faria ele sem uma bola? Nos teatros reais, as peças decorrem num palco, decorado com diferentes cenários, onde actuam actores com diferentes trajes. O Scratch funciona de forma muito parecida, mas há uma diferença importante. Num teatro real há também objectos que fazem parte de cada cena, mas que não são parte do cenário, pois não estão em posições fixas. Se imaginares um teatro real em que decorresse a nossa peça com um jogo de squash, a bola seria um desses objectos, ou seja, seria aquilo a que normalmente se chama um adereço. No Scratch, no entanto, não há adereços. Se queremos que haja em cena um objecto que não esteja fixo no cenário, então não temos outro remédio, enquanto encenadores, senão contratar um actor e fazê-lo representar o papel desse objecto! Isto inicialmente parece um pouco estranho, mas verás que os actores do Scratch, não sendo nada inteligentes, como vimos, são apesar de tudo muito obedientes, pelo que será muito conveniente usá-los para representar o papel de objectos, tal como a bola.